terça-feira, 19 de abril de 2016


Eu acho graça da "eronia"


Então os politicamente corretos, que se insurgem contra o golpe tapando os olhos para a realidade, outros abrindo só o cantinho tentam enxergar alguma luz, vociferam "contra" a situação nacional, clamam por liberdade e justiça, mas trucidam o Cunha sem dó e nem piedade, não se dão ao simples trabalho de analisar um pouco o que na verdade está acontecendo.
A única acusação real contra Cunha foi fruto da sua bravata, de se oferecer para depor numa CPI, quando era admirado pela dinâmica das votações de projetos mumificados, a ponto de votar até as velhas contas do executivo, chegando às pedaladas fiscais o tumor maligno do governo.
Enquanto sofre bombardeio de todos os lados, principalmente da mídia, e aí a rede globo principalmente, discute-se se mentiu mesmo, buscando de todas as formas a prova, mesmo com as delações dos corruptos já diplomados, confiscando seus computadores, notebook, tablets, celulares, agendas e tudo mais; o procurador geral já foi pessoalmente a Suíça pesquisar nos bancos e até agora só suspeita e acusações; o relator da comissão de ética, sem a menor ética, chegou a declarar ontem no JN que aguarda novos documentos pra fundamentar o parecer final da cassação. Ou alguém acredita que se houvesse prova suficiente o Cunha não já estaria preso e algemado com exibição festiva no Jornal Nacional?
Mas os defensores das liberdades, do direito a ampla defesa, da democracia fazem petições e mais petições para cassar o Cunha, não bastassem os insultos e os xingamentos que foi obrigado a ouvir, e o fez com frieza, cinismo ou serenidade, e ainda assim conseguiu conduzir, com firmeza e segurança, os trabalhos da sessão histórica do impeachment, o que mais irritou os governistas, petistas e os ingênuos adversários.
E vejam, como nunca fui um maria-vai-com-as-outras, estou aqui levado a defender o Cunha, e ninguém talvez queira respeitar o meu direito de ter a cabeça dura e de não querer assinar petição nenhuma antes que lhe façam um julgamento pelo menos justo.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Câmara aprova impeachment de Dilma 

Quando se proclamou o resultado final da votação do processo de impeachment da presidente Dilma Russeff, na noite deste domingo, restou um clima quase neutro, como se não houvesse vencido e nem vencedor, porque foi longa a manifestação dos parlamentares, um a um, com cada qual querendo fazer a sua particular saudação ao voto. Com frases em que se dirigiam aos familiares, filhos, netos, pais, esposas, às próprias comunidades, para a maioria das pessoas as mensagens soaram como declarações pessoais, quando na verdade cada um quis valorizar o momento histórico da sessão, homenageando os que ali estavam representando, e expressando o orgulho de estar inserido nessa página importante.
O processo é um castigo ao desempenho do governo, que agiu de forma arbitrária e abusiva, com ações condenáveis, enveredando pelos caminhos da mentira, da corrupção e dos equívocos, chegando a um estado de verdadeiro caos econômico, moral e político. A certeza da impunidade, graças ao rolo compressor que pensava comandar, levou a adotar medidas ilegais, que acabaram descobertas pelos órgãos fiscalizadores, que as condenaram, e mesmo pela população, já que o requerimento teve a assinatura de juristas, acatado pela Câmara dos Deputados.
Paralelamente acontece uma série de ações judiciais, investigando, prendendo e condenando políticos e empreiteiros do mais alto escalão, que uma vez apontados como suspeitos, encontram-se reclusos e respondendo por crimes de corrupção nos seus mais diversos graus, ai incluído até o ex-presidente Lula, os presidentes da Câmara e do Senado, deputados, senadores, ministros e outros menos votados, revelando-se manobras ilícitas para evitar apuração mais profunda dos fatos que chegam a toda hora ao conhecimento público, tidos como verdadeiros pelas "robustas provas" que investigadores afirmam existir. 
E talvez por isso o impacto do resultado favorável ao processo do impeachment não tenha sido maior, já que de todos os lados políticos revelam-se figuras importantes envolvidas, e mesmo sendo a maioria dos corruptos fazendo parte do PT e do governo, há também aliados e até opositores, cujos nomes, muitas vezes com meras suspeitas, acabam ganhando mais notoriedade. Citar o nome de qualquer político da oposição, principalmente do PSDB, apenas pela contemporaneidade do governo em que a suspeita foi apontada, é um alívio para petistas e governistas, que logo passam a priorizar essas acusações, como uma absolvição aos mal feitos de seus partidos e partidários.
Há de registrar o desempenho do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, que mesmo bombardeado de todos os lados em virtude da enxurrada de acusações que lhe é imputada, conduz com frieza e segurança os trabalhos das sessões e de todo o andamento do processo.
O governo adotou a estratégia de polarizar o impeachment da presidente Dilma com a reputação do deputado Cunha, menosprezando as acusações de crime de responsabilidade que é acusado, para fazer com que se acredite que tudo foi uma retaliação, ou pirraça do deputado em represália por não ter contado com o empenho de Dilma junto aos seus parceiros do PT para livrá-lo do processo de cassação do mandato.
Agora a bola passa para o senado, que deverá decidir, através de uma comissão especial, se acata o impeachment já iniciado na Câmara, afastando a presidente do exercício do cargo por seis meses, e só depois desse julgamento, tendo dois terços dos votos favoráveis, a senhora Dilma estará definitivamente deposta da presidência da República. Como se vê ainda tem um longo e complicado caminho a percorrer.
Mas o judiciário  segue com a Lava Jato, e muitas denúncias de corrupção continuarão sendo investigadas e julgadas, inclusive envolvendo a tal da presidenta - como gostam de lhe chamar os petistas e membros do governo, para confirmar a fidelidade e submissão de cada um.

domingo, 6 de março de 2016

Tópicos postados no facebook, 
sobre intimação de Lula

E ele pode decidir por uma
CONFISSÃO PREMIADA...

Ontem observava a fragilidade do promotor Cássio Conserino, que mandou apagar do mandado de intimação do Lula o termo de condução coercitiva, acabando por acatar um depoimento por escrito, seguido de insultos e aleivosias contra o Ministério Público de São Paulo, etc etc.
Enquanto isso, um novo ministro da justiça, escolhido a dedo por Jaques Wagner, tomava posse no Planalto, com informações de que era a mando de Lula, para enfrentar o desempenho da Lava Jato.
A revista Istoé, para "furar" a Veja, antecipa sua edição e publica a delação premiada, embora bombástica já aguardada, do senador petista Delcídio Amaral.
Hoje, o Lula que antes arrotava valentia e não comparecia a audiência, é conduzido sob vara para um lugar qualquer, longe de confusão, para falar justamente sobre aquilo mesmo que antes se negara.
Parece haver uma guerrinha de poder dentro da PF, a ponto de sequer dar tempo para que as anunciadas mudanças de comando sejam concretizadas.
Alguma coisa está fora da ordem...


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Agora me digam. Ganhando um salário alto, sem desconto de nada, sem despesa de nada, com toda mordomia possível para si e sua família com o dinheiro da nação, será que não dava pra o Lula comprar um bom apartamento no Guarujá e um sítio em Atibaia??? Precisava botar em nome de terceiros e de pedir a empreiteiras pra reformar esses imóveis???
Ou é o espírito de porco de quem só quer tirar proveito em tudo, ou queria mesmo manter aquela imagem de pobre e proletário...
Eu ainda não vi ninguém fazer coisa errada e que um dia não se descubra...
E quem pensa que tá enganando, pode esperar que um dia a casa cai...


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TÁ EMPATADO
Nunca, na história deste país, um ex-presidente foi conduzido num camburão pra falar em delegacia. 
Antes os petistas comemoravam que nunca um presidente da Câmara teria sido considerado réu num processo, referindo-se a Eduardo Cunha.


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Polícia Federal faz operação na casa do ex-presidente Lula, na Grande SP



PBLICIDADE
A Polícia Federal realizou na manhã desta sexta-feira (4) a 24ª fase da Operação Lava Jato no prédio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seu filho Fábio Luís Lula da Silva –também conhecido como Lulinha.
Essa fase da operação, batizada de Aletheia, apura se empreiteiras e o pecuarista José Carlos Bumlai favoreceram Lula por meio do sítio em Atibaia e o tríplex no Guarujá. O ex-presidente nega as acusações.
Em sua manifestação mais contundente desde o início da Lava Jato, a força-tarefa do Ministério Público Federal afirmou em nota que Lula é "um dos principais beneficiários" de crimes cometidos no âmbito da Petrobras.
Lula foi levado para o aeroporto de Congonhas (zona sul), onde prestou depoimento à Polícia Federal.
O ex-presidente foi alvo de mandado de busca e apreensão e de condução coercitiva (quando o investigado é obrigado a depor). Os advogados dele tinham entrado com habeas corpus para evitar a medida, mas ele valia só para São Paulo, e não para Curitiba, de onde despacha o juiz federal Sergio Moro, conforme informações dadas à Folha. Lula reagiu bem quando a PF bateu à sua porta. Segundo relatos, o petista estava "tranquilo" dos momentos iniciais até a condução coercitiva.

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Polícia Federal invade a casa de Lula, acorda ele mais cedo e o está levando para depor na delegacia. O negócio começou a feder...

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Meu voto

Eu nunca me emprenhei pelos ouvidos, sempre gostei de ter a minha opinião, dai acharem que a minha cabeça é dura. Eu não engulo essa tal de lava jato, e posso até ser a única pessoa que assim pensa e discorda da avalanche de acusações por mera suspeita de crimes, a partir de exercício de imaginação de chamados investigadores da polícia federal ou procuradores do ministério público. Nem por isso absolvo, no meu julgamento particular, a maioria dos envolvidos na corrupção do petrolão, ou nas mutretas petistas tão amplamente divulgadas.
Vejo como abuso de autoridade e de poder essas prisões no atacado que o juiz Moro determina com sofisticada frieza, nada demovendo do seu castigo as pessoas citadas em interrogatórios ou em meras desconfianças vindas de especulações surgidas em frases garimpadas em celulares e ou anotações pessoais. Essa última que mandou prender o publicitário é de uma perversidade incomum, porque o próprio se oferecera para depor e esclarecer as dúvidas que o estrelismo de uns poucos já anunciavam como criminosas.
E há sim um incontrolável prazer no cumprimento das prisões, dando um ar de justiça no tratamento entre presos, como se todos fossem bandidos e já estivessem condenados, e como se a pena não fosse a restrição de liberdade, mas o escárnio e a humilhação, o esculacho propriamente dito. Mobilizar forte esquema de policiais grandões com armas de grosso calibre para conduzir o João Santana e sua esposa, e os colocarem de cabeça baixa e com as mãos para trás e ainda segurando-os pelos braços, é muito cruel para quem acredita na justiça e nos julgamentos. Isso é tortura explícita. Mesmo que o mesmo fosse o maior bandido do país e seus crimes fossem os mais desumanos. 
Não acredito na justiça imposta pela lava jato, porque ninguém é dono de verdades, a verdade é absoluta e única, não se pode, e como não pode também não se deve, julgar com a consciência, a consciência é subjetiva e pessoal, mas tão somente com a lei. 
Há sim abuso e não se respeita o estado de direito. Toda a mídia, preguiçosa e submissa, não tem acesso a nada além do que está em apuração pela lava jato, sobrevive exclusivamente do que lhes é passado, sem direito a uma única palavra a mais das que divulgam, e sequer permitem imagens, fotos.
Jamais escondi a minha aversão ao PT e a Lula, sempre o considerei um vigarista, o maior de todos eles, políticos ou não, mas o que se faz agora é sim perseguição, e não é coisa de política, é de abuso da ditadura que membros ministério público e do judiciário estão impondo à nação para desmoralização da classe política, que a rigor também não se dá ao respeito.
Assim, cada vez mais me recolho às minhas próprias elucubrações, que também a ninguém interessa.