sexta-feira, 30 de setembro de 2022



Eleições de 2022 são definitivas para a história

Estamos na véspera de um novo momento histórico, as eleições gerais de 2022, para escolha do novo presidente da república, num pleito que se mostra polarizado entre o atual ocupante do cargo e um ex presidente, num clima de disputa que predomina a discussão ideológica de esquerda e direita. Ao lado disso, vivemos uma outra atmosfera com o considerado ativismo judicial, que de um lado tende explicitamente contra a candidatura do presidente Bolsonaro, enquanto demonstra escancaradamente a preferência pelo seu adversário Luiz Lula, que foi presidente, condenado e cumpriu parte da pena que lhe foi imposta por corrupção, e generosamente beneficiado por uma intempestiva decisão pessoal de um ministro e depois referendada pelo plenário do STF - um escândalo jurídico.

No momento nos deparamos com campanhas acirradas, mas que se resumem em pesquisas tidas como manipuladas e sem credibilidade, contra manifestações gigantescas de apoiadores, com multidões em favor da direita, e baixíssima adesão para apoiar a esquerda. Desse modo, enquanto são cada vez mais participativas as carreatas, motociatas e comícios em favor de Jair Bolsonaro, é evidente o fracasso em apoio ao Lula, resumido em pequenos grupos portando bandeiras vermelhas, ou eventos de sindicalistas em que se contrata figurantes. 

Ao  longo do mandato presidencial, a esquerda nunca aceitou a vitória de Bolsonaro e seus opositores e adversários tentaram de todas as formas desqualificá-lo, com acusações de machista, autoritário, ditador, nazista, e até genocida no período da pandemia do covid. Artistas, jornalistas, colunistas, intelectuais conhecidos como ativistas de esquerda e a conhecida mídia tida como tradicional não escondem esse inconformismo, agindo com menosprezo e raiva, destilando ódio explícito e desumano, sem o menor respeito ao mais mínimo espírito democrático. Acreditavam que esse bombardeio constante pudesse derrubar o presidente a qualquer momento, principalmente com o advento da crise mundial de saúde pública, que exigiu providências gigantescas para seu enfrentamento, com assistência médica emergencial e preventiva.

Sabendo que não teria a simpatia da mídia, Bolsonaro inaugurou o contato direito com o povo, através do encontro matinal com pessoas que se dirigiam ao Palácio do Planalto, quase sempre soltando declarações que se transformavam em polêmica, pela má vontade da imprensa, e assim manteve-se diariamente no noticiário nacional, praticamente pautando a imprensa, que logo corria a contrariar e deturpar qualquer palavra por ele pronunciada. Repórteres desses órgãos opositores chegavam a discutir com o presidente, ao invés de se limitarem a exercerem com isenção a cobertura jornalística, e se irritavam com sua reação muitas vezes hostil.

Desprovido de grupo político e eleito por um partido inexpressivo, passou a ser questionado por diminuir o número de ministérios e não nomear os indicados pelos chamados líderes, o que lhe daria uma certa sustentação nas votações de interesse do executivo no congresso, preferiu escolher prioritariamente pela formação técnica e provocou uma oposição ainda mais ferrenha, principalmente dos presidentes da Câmara e do Senado, que boicotaram todas as suas propostas, que sequer eram postas em discussão. Alguns antigos aliados passaram a combatê-lo, talvez até com mais raiva do que os adversários conhecidos.

A pandemia causou estragos não só ceifando vidas das pessoas, mas insuflando opositores a utilizá-la como instrumento de perseguição e cobranças exageradas, confundindo a opinião pública que era manipulada negativamente pela mídia, a distorcer medidas sanitárias e até combater tratamento precoce que era defendido pelo presidente. As vacinas passaram a ser anunciadas como a salvação das pessoas, mesmo que inexistentes na medicina naquele momento, acabaram sendo adquiridas pelo SUS, numa quantidade hoje estimada em 500 milhões de unidades, e pelo menos 180 milhões de pessoas vacinadas com até quatro doses. 

Enquanto tudo isso acontecia, era o mundo jurídico que passaria a ser protagonista com interferências consideradas não constitucionais, que impediram o executivo de exercer sua plena atribuição, ao ponto de anular nomeação de cargos, obrigar o senado a instalar CPI e até anular as condenações dos corruptos da lava-jato, principalmente o ex-presidente Lula, já com a indicação que o mesmo estaria elegível para concorrer, que foi praticamente o lançamento da sua candidatura. E mais, valendo-se de um inquérito considerado ilegal, adotou proibições de postagens em redes sociais de apoiadores do presidente, mandando prender vários por críticas e opiniões, inclusive de um deputado federal preso dentro de sua casa, às 23 horas, e o mesmo continua ostensivamente perseguido, condenado a prisão, pagamento de multas caríssimas com restrição de circulação e emitir opinião até mesmo no exercício do cargo, apesar de ter sido beneficiado com graça concedida pelo PR.

Ao mesmo tempo, é constante ministros do supremo serem protagonistas de declarações políticas como militantes de esquerda, sempre a hostilizar o presidente, aceitando sistematicamente qualquer requerimento de seus opositores, e determinando abertura de inquéritos. No ambito eleitoral, chegam a ser consideradas ditatoriais as imposições dos ministros, proibindo a utilização de imagens institucionais públicas de eventos notórios, como a comemoração do bicentenário da independência no 7 de setembro, que reuniu milhares de pessoas vestidas de verde amarelo, outras das presenças na ONU e no funeral da rainha Elisabeth II, bem como punindo o uso da bandeira nacional brasileira e as cores verdes e amarelas, que consideraram como peças de campanha.

Agora estamos chegando à reta final, os debates televisivos já aconteceram e o povo que os assistiu pode tirar suas conclusões. Uma outra modalidade de debate aconteceu com os podcasts e as sabatinas, que os candidatos eram entrevistados individualmente. Comenta-se que Bolsonaro saiu-se bem em todos. O candidato Ciro Gomes foi muito agressivo para cima de Lula, apontando casos de corrupção do ex-presidente de quem chegou a ser ministro. Por fim, surgiu o candidato padre Kelson, do PTB, que se mostrou bastante efetivo no combate à corrupção do PT, contra o aborto e em favor das atividades cristãs. Quanto a Lula, este ficou definitivamente marcado com a pecha de ladrão e corrupto, defensor do socialismo e das ditaduras, que teria a missão de implantar esses regimes no Brasil, a exemplo do que já acontece na maioria dos países sul americanos.

Pelo que se viu na campanha, serve para desconsiderar qualquer pesquisa que não aponte a vitória da reeleição de Bolsonaro. O que ainda se observa é a discussão da contagem dos votos, através das urnas eletrônicas, porque essas não dão qualquer possibilidade de se fazer uma auditoria em caso de qualquer discordância. O TSE quer que Bolsonaro aceite o resultado das eleições imediatamente após a proclamação do resultado.